Durante dois dias, o Pavilhão de Portugal na Expo 2025 Osaka tornou-se palco de uma celebração da tradição têxtil portuguesa. A artesã Rosa Pomar conduziu workshops de tricot e fiação com lã portuguesa, reunindo participantes japonesas em torno de técnicas ancestrais que unem saber-fazer, sustentabilidade e identidade. A iniciativa reforça a presença crescente da marca no Japão, país onde os produtos de Rosa já são distribuídos há uma década.
Na manhã de dia 16, um grupo de 15 participantes japonesas reuniu-se à volta de uma mesa, no espaço expositivo português, para aprender diretamente com Rosa Pomar. Com gestos firmes e voz serena, a artesã demonstrou uma técnica ancestral de fiação manual, usando lã de raças autóctones portuguesas. Ao lado, meadas em tons naturais e peças em exposição mostravam a delicadeza e coerência de um trabalho que alia tradição e contemporaneidade.
Na manhã de dia 16, um grupo de 15 participantes japonesas reuniu-se à volta de uma mesa, no espaço expositivo português, para aprender diretamente com Rosa Pomar. Com gestos firmes e voz serena, a artesã demonstrou uma técnica ancestral de fiação manual, usando lã de raças autóctones portuguesas. Ao lado, meadas em tons naturais e peças em exposição mostravam a delicadeza e coerência de um trabalho que alia tradição e contemporaneidade.

Os workshops — realizados a 16 e 17 de junho — abrangeram duas áreas distintas: o tricot e a fiação artesanal. Em ambos, a resposta do público foi imediata e entusiasta. Algumas participantes chegaram por curiosidade, outras já dominavam as bases do tricot e procuravam aprofundar o contacto com a tradição portuguesa. Houve até quem trouxesse consigo peças feitas com fios produzidos por Rosa Pomar, num gesto que a artesã descreveu como “profundamente simbólico”.
Kanae Koyama, uma das participantes, contou que começou a tricotar há três anos, quando ganhou mais tempo livre após o filho entrar para o jardim de infância. Foi a sua primeira experiência com técnicas portuguesas e confessou ter aprendido bastante. Já Mikako Harada, que aprendeu a tricotar em criança com a tia, não hesitou em inscrever-se assim que soube do workshop. Ambas terminaram a sessão com um sorriso no rosto e um projeto nas mãos. “Aprenderam muito depressa, estavam mesmo interessadas”, comentou Rosa Pomar. “Foi bonito ver o respeito delas por esta arte”, acrescentou.
Kanae Koyama, uma das participantes, contou que começou a tricotar há três anos, quando ganhou mais tempo livre após o filho entrar para o jardim de infância. Foi a sua primeira experiência com técnicas portuguesas e confessou ter aprendido bastante. Já Mikako Harada, que aprendeu a tricotar em criança com a tia, não hesitou em inscrever-se assim que soube do workshop. Ambas terminaram a sessão com um sorriso no rosto e um projeto nas mãos. “Aprenderam muito depressa, estavam mesmo interessadas”, comentou Rosa Pomar. “Foi bonito ver o respeito delas por esta arte”, acrescentou.

A ligação entre Rosa Pomar e o Japão não é recente. Os seus produtos estão disponíveis em sete lojas espalhadas por cidades como Tóquio, Osaka, Quioto e Fukuoka. Curiosamente, foi precisamente uma loja em Osaka — a cidade que agora acolhe a Expo — a primeira a apostar na sua marca.
O interesse japonês por fios e produtos têxteis sustentáveis ajuda a explicar essa aposta. Em 2022, o Japão importou cerca de 3.200 toneladas de lã, num mercado avaliado em mais de 18 milhões de dólares. Embora dominado por grandes fornecedores como a Austrália e a Nova Zelândia, o segmento de produtos artesanais e ecológicos está a crescer, e estima-se que o mercado japonês de fibras naturais possa atingir os 5,3 mil milhões de dólares até 2030.
O interesse japonês por fios e produtos têxteis sustentáveis ajuda a explicar essa aposta. Em 2022, o Japão importou cerca de 3.200 toneladas de lã, num mercado avaliado em mais de 18 milhões de dólares. Embora dominado por grandes fornecedores como a Austrália e a Nova Zelândia, o segmento de produtos artesanais e ecológicos está a crescer, e estima-se que o mercado japonês de fibras naturais possa atingir os 5,3 mil milhões de dólares até 2030.

“Somos um produto de nicho”, afirma Rosa Pomar, “mas com uma identidade muito forte e cada vez mais reconhecida, tanto a nível europeu como no Japão.” O seu trabalho combina técnicas tradicionais portuguesas, produção local e materiais sustentáveis. Utiliza lãs de raças autóctones portuguesas — algumas em risco de extinção — respeitando práticas responsáveis que conquistam um público cada vez mais consciente e exigente.
A participação de Rosa Pomar na Expo 2025 Osaka inscreve-se no programa cultural promovido pelo Pavilhão de Portugal, que procura dar visibilidade a criadores e expressões artísticas ligadas ao território, à identidade e à sustentabilidade. Uma presença discreta, mas profundamente simbólica — como os gestos repetidos de quem fia e tricota pacientemente o futuro.
A participação de Rosa Pomar na Expo 2025 Osaka inscreve-se no programa cultural promovido pelo Pavilhão de Portugal, que procura dar visibilidade a criadores e expressões artísticas ligadas ao território, à identidade e à sustentabilidade. Uma presença discreta, mas profundamente simbólica — como os gestos repetidos de quem fia e tricota pacientemente o futuro.